A talha da Virgem de Lourdes, com as mãos unidas em sinal de chamada à oração, foi esculpida segundo as instruções de Bernardette.

Estas indicações detalhavam as características que a talha devia ter, entre as quais:

– representar a figura de uma jovem
– vestir um traje branco, com um cinto azul cujas extremidades caíssem para a frente
– ter as mãos unidas e a expressão orante
– ter um rosário pendurado do brvestiraço
– ter uma rosa dourada em cada pé

Curiosamente, de início, a jovem Bernardette não gostou muito da imagem. A figura com 1,88 metros representa a atitude da Aparição no momento em que disse: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

A Agua: a água que emana dos mananciais do santuário é semelhante a qualquer água da região, ou seja, é potável. Os peregrinos bebem esta água e lavam-se sob o seu manto com esperança e fé na Virgem.

A rocha: as aparições tiveram lugar na gruta. Visitar a gruta e tocar a rocha é um dos gestos característicos da peregrinação neste recinto sagrado. A rocha é um elemento duro, forte, um lugar onde nos podemos apoiar e encontrar suporte e sujeição.

A luz e as velas: a luz representa a fé, a esperança de iluminar e ser iluminados. As velas acendidas na gruta representam as orações dos peregrinos.

As multidões: Lourdes é um lugar cosmopolita, aberto ao mundo. Acolhe gentes de todas as raças, línguas e nações. A Igreja é o encontro de todos os filhos de Deus.

Os doentes: o cuidado e a atenção aos doentes faz parte do dia a dia do santuário. A Imaculada Conceição apareceu a Bernadette, uma menina doente. Por isso, todos os doentes que chegam ao santuário fazem-no sob a proteção da Virgem Maria.

Em 1858, quando Bernadette tinha 14 anos, a Virgem apareceu-lhe em 18 ocasiões. A primeira teve lugar a 11 de fevereiro quando Bernadette e outras meninas tinham ido apanhar lenha. De repente, na gruta onde se encontrava, viu uma luz com a forma de uma jovem. Bernardette e a Aparição não falaram mas fizeram o sinal da cruz. A segunda sucedeu a 14 de fevereiro,a Senhora sorriu mas não falou. Na terceira, a 18 de fevereiro, Bernardette perguntou-lhe o seu nome. A aparição não lhe respondeu porém, propôs-lhe um encontro diário durante quinze dias.

De 19 a 23 de fevereiro sucederam-se a quarta, quinta, sexta e sétima aparição. Bernardette e a Senhora falaram mas as conversas são confidenciais. Entretanto, as autoridades acusaram a jovem de perturbar a ordem pública e ameaçaram-na com a prisão.

Entre o dia 24 de fevereiro e 1 de março sucederam-se as aparições oitava a décima segunda. Foi então que Bernardette, guiada pela Senhora, descobriu na gruta a fonte onde podia beber e lavar-se. De início, a água era lamacenta mas, depois, começou a sair clara e limpa.

De 2 a 4 de março ocorrem três sucessos: a Senhora disse a Bernardette que se dirigisse aos sacerdotes e lhe dissesse para construírem uma capela,par as pessoas visitarem em procissão. A 25 de março teve lugar a décima sexta aparição, onde a Senhora revelou que o seu nome: Imaculada Conceição. A 7 de abril deu-se a décima sétima aparição onde Bernardette recebeu a Virgem com uma vela, a luz da Páscoa.
A 16 de julho sucedeu a última aparição, a despedida. Bernardette já sabia que era a última vez que veria a Imaculada Conceição.